Levantava-se
o firmamento anunciando a manhã,
outra vez o império
púrpura ressoa
irradiando
luzes que brindam o Renascimento.
Do mundo
refeito na vastidão, outrora vácua,
refulgem as novas
criaturas
(estas que
agora preenchem os cenários
que se
alastram, infinitos).
O amanhecer
era ofuscante para nós,
perdemo-nos
por caminhos não antes vistos e ao longe
os
vislumbres saudavam os recém-chegados.
Explicou-se
o mundo novo como não fizera o anterior,
Abriu com
isso tantos mistérios que ao fim
o pensamento
já não servia a nada.
As almas
mais jovens espalhavam-se entre campos,
assombros
desconhecidos também espreitavam.
Não era
exatamente o mundo; o tempo por certo
não estava lá.
Tínhamos, além
da manhã, as tardes e tínhamos também as noites,
o ontem, o
amanhã e o hoje acontecendo em um só:
já não era a
continuidade irrevogável.
Embebedei-me!
–
e ao velho
mundo fiz um brinde
(e
esquecendo-me dele, foi que me esqueci de mim):
A plenitude não me fora negada afinal.
(Thiago
Nelsis)
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