Não parou o
tempo sua marcha atroz,
Nem pende
agora inerte a madrugada!
(Eu, sim,
perdi-me nesta emaranhada
Estranheza
que me agarrou feroz...)
A
Continuidade avança e eu estaco,
Existo aquém
do Mundo e não prossigo:
Tão
fortemente atrelado comigo (...)
– letargia
do meu espírito opaco!
O Tempo
abandonou-me, não agi...
Permaneço
onde estive desde sempre
E para todo
sempre estarei aqui
(Findou o
Existir e o próprio Universo:
Apenas para mim há o “para sempre”,
Não vou jazer depois do último verso!).
(Thiago Nelsis)
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