quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Descontinuidade



Não parou o tempo sua marcha atroz,
Nem pende agora inerte a madrugada!
(Eu, sim, perdi-me nesta emaranhada
Estranheza que me agarrou feroz...)

A Continuidade avança e eu estaco,
Existo aquém do Mundo e não prossigo:
Tão fortemente atrelado comigo (...)
– letargia do meu espírito opaco!

O Tempo abandonou-me, não agi...
Permaneço onde estive desde sempre
E para todo sempre estarei aqui

(Findou o Existir e o próprio Universo:
Apenas para mim há o “para sempre”,
Não vou jazer depois do último verso!).

(Thiago Nelsis)

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