terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Um Vislumbre...



Quebra-se a vida ao redor do espelho,
Nele reflete nossa essência inteira:
Rasga da existência toda fronteira
Até o horizonte que brilha vermelho!

Desnuda em tela vítrea cada era,
Passado e futuro em chumbo, fundidos;
O horror, que sempre nos acometera,
Envolve tudo com dedos compridos!

É e sempre será este o nosso flagelo...
Sempre este sangue a correr desenfreado,
Sempre será a vida sobreviver!

O vidro acusador, frio como gelo,
Jogando seu terror inusitado,
Reflete o banal... nos castiga a ver.

(Thiago Nelsis)

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