Já o sentir
se instala sem mais pesar,
Mármore frio
de meu existir pétreo...
No calafrio
de um mal estar funéreo,
Sou coisa-fixa firme nalgum lugar!
Monumentalmente
estanque na vida
Passa-se
tudo comigo e eu, só (!)
Fria
escultura que tornará ao pó;
Já antes
disso era a imagem desvalida...
Ideia que ‘sou-me’
– sou nada mais,
Sou isso (que
é nada) até não mais ser:
Maquinário
de carne, sangue, ossos!...
A engrenagem
cessou: já não sou mais.
(Eu) não era
nada, não tornarei a ser...
Destroçada a
imagem – deixou os remorsos.
(Thiago
Nelsis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário