quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

(Des)Humanidade



Pesado e sujo tom que infesta os ares:
Ao configurar o que a humanidade
Afruta (e inspira todos os males
Ao engendrar a nossa infelicidade!)...

Fizemos subir a fumaça e o fogo
Para erguer à altura os cinzentos muros!
E a loucura glorifica os mais duros
Medos que se perpetuam neste jogo...

Devorei sujeiras – vomitei sangue
(Com as toxinas que entorpecem todos) –,
Tenho os olhos secos e amortiçados...

Aos tropeços neste caminho exangue
Vamos morrer por nossos próprios modos,
Sob céus escuros... já quase apagados.

(Thiago Nelsis)

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