terça-feira, 15 de outubro de 2013

Diálogo



Passos tortos de meu andar sorumbático...
Entre escombros da consciência penosa
Que desce a mim. Vivo o pesar apático
De encontrar-me nesta trilha forçosa!

E escondida em céu feio e fumacento
Vejo a lua, companheira de infortúnio!
Eu já não sou vivaz, meu plenilúnio,
Venho a ti como andante sonolento.

Somente na sujeira encontro o irmão
Solitário – este que sem par no mundo
É como eu: perdido! Na contramão,

A celebrar algum destino imundo...
Na corrida lenta para a desgraça
É tudo vão, e tudo aqui me maça.

(Thiago Nelsis)

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