quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Canção Noturnal

À noite o alento solitário eu peço:
“Ouve este canto do poeta que sofre,
Que na resignação de uns versos pobres
Maldiz as trilhas deste desalento...”

A madrugada segue e me abandono,
Horas sofrendo na vigília inerte:
Rouca canção de mi’a garganta verte
E a solidão vem me trazer o sono...

Ah! infindas noites de ilusão rara!...
E se o silêncio me embala os sonhos,
É que já a embriaguez m’abandonara...

Maravilhas e tormentos noturnos
Que deslizam sobre o tempo! Componho
A vós canções do meu ser taciturno...


(Thiago Nelsis)

Nenhum comentário:

Postar um comentário