Eu quero me afogar num piso úmido!
Partir dum nada transformado em tudo,
levar minhas cinzas ao sabor do vento...
Partir dum nada transformado em tudo,
levar minhas cinzas ao sabor do vento...
Com temor e desalento
gargalhar dos meus fracassos
(dói-me a cabeça, os pés e os braços).
gargalhar dos meus fracassos
(dói-me a cabeça, os pés e os braços).
Rir, talvez,
ao transbordar meu sangue sujo.
E quem sabe eu
– cria do meu próprio desalento –,
ao engolir com esse sangue e pedras,
todo o nojo que, ao sentir, me afoga...
ao transbordar meu sangue sujo.
E quem sabe eu
– cria do meu próprio desalento –,
ao engolir com esse sangue e pedras,
todo o nojo que, ao sentir, me afoga...
Não serei nada e assim serei:
entre os seres o maldito,
amante mor do desperdício.
entre os seres o maldito,
amante mor do desperdício.
Diante do espelho no qual
minha alma se deformou.
minha alma se deformou.
(Escrito por Thiago Nelsis e Henry Rios)