Destacam-se os teus olhos na fumaça,
Esvoaçada pintura emerge em mim;
O vislumbre infesta-me a alma – assim,
Estanque! agora: desfocada graça
Manifesta no ar desta vagueação...
Detrás de minhas pálpebras dormentes,
O olhar agudo e sonhos eloquentes
Alçando o voo da mi’a imaginação...
Venho saudar na mente a luz e a sombra
De mim, criatura do meu devaneio!
Sofro a histeria de minha sobriedade
Ao saborear o delírio que me ensombra,
(E quase me afogo em meu próprio anseio)...
Graças da afrenia... asas da verdade!
(Thiago Nelsis)